Na madrugada de 23 de setembro, Real Madrid chegou ao Estádio Ciutat de València com a missão de confirmar a invencibilidade que tem marcado a campanha inicial da temporada 2025‑26. O técnico espanhol Xabi Alonso manteve a postura agressiva que tem surpreendido adversários: pressão alta, troca rápida de passes e liberdade para os extremos. O resultado foi um 4 a 1 contundente, que não só reforça a liderança na LaLiga como demonstra o entrosamento entre veteranos e jovens talentos.
Vinicius Júnior deu o pontapé inicial aos 28 minutos, usando velocidade para bater o cruzamento e finalizar com frieza. O brasileiro, que já se consagrou como um dos alas mais temidos da Europa, mostrou que continua em ótima forma. Pouco depois, aos 38, o argentino Franco Mastantuono, ainda em sua estreia, encontrou espaço na área e converteu o primeiro gol em clube, celebrando um momento que já vai para a história pessoal.
O segundo intervalo trouxe um leve ajuste de ritmo por parte do Levante, que conseguiu um gol de honra aos 54 minutos, quando Etta Eyong aproveitou um escanteio para marcar de cabeça. Contudo, a resposta madrilena não demorou: Kylian Mbappé, em plena fase de ouro, converteu o pênalti aos 64 e, apenas dois minutos depois, finalizou com um chute rasteiro que nenhum goleiro confiava. A dupla de Mbappé não só selou o placar como ressaltou sua importância no esquema de Alonso, que tem usado o francês como ponto focal nas áreas de risco.
Com a vitória sobre o Levante, o Real Madrid soma 18 pontos perfeitos, distância segura da zona de rebaixamento e poucos ao lado de rivais que ainda buscam consistência. O próximo desafio, o clássico madrileno contra o Atlético, promete testar a capacidade de manter a concentração em um duelo que historicamente traz ritmo de jogo intenso e decisões controversas.
Especialistas apontam que a profundidade do elenco será decisiva. Enquanto Vinícius e Mbappé carregam o fogo ofensivo, a presença de Luka Modrić, que tem comandado o meio‑campo, garante estabilidade na transição defesa‑ataque. No setor defensivo, a parceria entre David Alaba e Éder Militão tem sido sólida, reduzindo as brechas que o Levante conseguiu explorar em bolas paradas.
Do ponto de vista tático, Alonso tem sido elogiado por adaptar o 4‑3‑3 tradicional para variações como o 3‑5‑2, dependendo da necessidade de dominar o meio‑campo ou proteger a defesa. Contra o Atlético, que costuma pressionar alto, a estratégia madrilena pode incluir blocos de pressão mais compactos e contra‑ataques velozes, aproveitando a velocidade de Vinícius nas laterais.
O Levante, por sua vez, termina a rodada ainda com apenas quatro pontos, mas mostrou que tem potencial para surpreender, especialmente em jogadas aéreas. A equipe de Valencia terá que ajustar sua defesa para conter o furacão francês e evitar novos gols de custo fácil.
Em suma, a vitória contra o Levante não é apenas mais três pontos; é uma declaração de intenção. O Real Madrid demonstra que, sob a batuta de Xabi Alonso, combina juventude promissora e experiência consolidada, pronto para enfrentar os desafios que a corrida pela LaLiga traz, começando pelo aguardado derby madrileno.
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