Mortes icônicas nas novelas: de Odete Roitman a reviravoltas que pararam o Brasil

Mortes icônicas nas novelas: de Odete Roitman a reviravoltas que pararam o Brasil mai, 24 2025 -0 Comentários

Odete Roitman: a morte que virou lenda na televisão

Quando a vilã Odete Roitman caiu vítima de uma arma em *Vale Tudo* (1988), ninguém imaginava que uma novela pudesse parar o Brasil. Interpretada por Beatriz Segall, Odete era o retrato do elitismo ácido, soltando frases que até hoje repercutem sobre honestidade e o tal 'jeitinho brasileiro'. Seu assassinato não foi só o clímax de uma temporada, mas um momento histórico da cultura pop. O país inteiro se perguntava: "Quem matou Odete Roitman?". As rodinhas de conversa no trabalho e nos bares só falavam nisso. Muitos garantem que o burburinho chegou a rivalizar com a tensão de um jogo de Copa do Mundo.

O mistério foi resolvido com a revelação de Leila (vivida por Cássia Kis) como autora do crime, movida por ciúmes, numa cena transmitida num capítulo memorável. Só que a influência da trama foi além. Por semanas, os brasileiros especulavam sobre todas as pistas, os possíveis culpados e, claro, faziam piadas e memes — décadas antes das redes sociais dominarem nosso dia a dia.

Remake, expectativas e outras mortes marcantes nas novelas

Remake, expectativas e outras mortes marcantes nas novelas

Em 2025, a Globo promete renovar as tensões dessa história no remake de *Vale Tudo*. Desta vez, Débora Bloch será a nova Odete, e Taís Araujo assume o papel de Raquel, protagonista que representa a luta do brasileiro comum contra a corrupção. O mais curioso? O segredo do assassino muda. Ou seja, vem aí mais mistério — e fãs já apostam em novas teorias para este clássico.

Mas não foi só Odete Roitman que ganhou velas em casa e rodas de debate. A tv brasileira coleciona mortes que mexeram com o público. Quem lembra da morte de Nazaré Tedesco (*Senhora do Destino*)? Ou do trágico fim de Tonho da Lua em *Mulheres de Areia*? Cada cena virou assunto nacional, com espectadores tentando entender os motivos e prever os próximos passos dos personagens sobreviventes.

  • Na novela *Laços de Família*, a cena da morte de Camila quase fez o Ibope disparar.
  • Em *O Clone*, a morte de Diogo abriu espaço para a jornada de Jade e Lucas.
  • Já em *A Próxima Vítima*, o suspense era descobrir a cada semana quem seria o próximo — e ninguém ousava perder um capítulo sequer.

Essas mortes não são apenas truques de roteiro. Elas refletem, muitas vezes, críticas sociais, denúncias de injustiças e até mesmo tabus da nossa sociedade. Em *Vale Tudo*, Odete não era só vilã: fazia críticas ferozes à forma como lidamos com o dinheiro, o poder e a corrupção.

Essa mistura de drama, mistério e crítica é uma das marcas das novelas brasileiras. E, se depender das novas versões e das conversas nas redes, as próximas gerações ainda vão passar horas pensando na pergunta que nunca sai de moda: "Quem matou Odete Roitman?"

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