Globo lança série documental 'Gloria' e homenageia Glória Maria em 2025

Globo lança série documental 'Gloria' e homenageia Glória Maria em 2025 abr, 19 2025 -12 Comentários

Uma homenagem inédita a uma carreira que mudou a TV

Quando a Globo anunciou a estreia do documentário Gloria, marcada para 27 de abril de 2025, a escolha da data não foi por acaso. O lançamento faz parte das comemorações dos 60 anos da emissora. Mas ninguém vai duvidar que boa parte das atenções estará voltada mesmo para a homenageada: Glória Maria, a jornalista que atravessou cinco décadas levando notícias e histórias para todo o Brasil. A série, com quatro episódios, entra no ar logo depois do Fantástico e também estará disponível no Globoplay, atraindo públicos de diferentes gerações.

O clima é de tributo, mas sem cair na formalidade. O documentário, comandado pela diretora Danielle França e roteirizado por Paulo Sampaio, promete resgatar não só os grandes feitos profissionais, mas também as situações íntimas da vida de Glória. Filhas adotivas da jornalista, Maria e Laura, darão depoimentos emocionantes, mostrando o outro lado de uma das mulheres mais conhecidas das telas. Uma das surpresas anunciadas é o episódio especial de Dia das Mães, preparado para mergulhar na experiência dela como mãe e nos bastidores da família.

Da primeira transmissão ao mundo: os momentos que marcaram Glória Maria

Da primeira transmissão ao mundo: os momentos que marcaram Glória Maria

Glória Maria é sinônimo de pioneirismo. E a série documental não poupa arquivos: vai ter imagens inéditas da sua primeira transmissão ao vivo em 1971 – época em que mulheres ainda engatinhavam no telejornalismo nacional. O programa também reconstrói a participação dela em coberturas históricas, como a Guerra das Malvinas, e destaca a coragem de Glória em encarar pautas fora do país quando isso ainda parecia impossível para a maioria das colegas brasileiras.

Não faltam histórias lendárias. Quem nunca viu ela conversando cara a cara com nomes como Michael Jackson, Madonna ou Freddie Mercury? Pois é, esses momentos de bastidores e o impacto que essas entrevistas tiveram na cultura pop do Brasil serão revisitados. Mas não é só de arquivos que a produção vive. O documentário traz depoimentos exclusivos de gigantes da música, como Djavan, Maria Bethânia e Roberto Carlos, além dos parceiros de profissão Pedro Bial, Mano Brown e Emicida. Eles falam sobre a importância de Glória não apenas para o jornalismo, mas também para o imaginário brasileiro, como referência de liberdade, determinação e empatia.

O que prende também é o contraste entre o lado celebridade e as lutas diárias: o racismo enfrentado, os desafios para conquistar espaço e respeito em uma redação, e as superações pessoais, como a adoção das filhas em meio à carreira intensa. Cada episódio costura história e emoção, mostrando como Glória Maria se tornou uma personagem essencial na construção da identidade da TV aberta brasileira. A estreia de Gloria sinaliza não só a celebração do passado, mas a força dos exemplos que permanecem atuais.

12 Comentários

Marcela S.

Marcela S. abril 19, 2025 AT 23:42

Nossa, já tô ansiosa pra ver esse documentário! 🙌 Glória Maria merece todo esse reconhecimento, ela foi a primeira a mostrar que mulher negra pode estar na frente da câmera e ainda assim ser respeitada. Acho que isso vai tocar muita gente, especialmente as meninas que ainda acham que não têm espaço na mídia.

Regina Schechtmann

Regina Schechtmann abril 21, 2025 AT 10:23

Sério? A Globo finalmente faz algo que não é só marketing? Depois de anos ignorando a história das mulheres negras na TV, agora vem com esse documentário pra parecer que se importa. Mas cadê os salários iguais? Cadê os cargos de direção? A homenagem é bonitinha, mas não substitui ação real.

Raffi Garboushian

Raffi Garboushian abril 22, 2025 AT 17:49

Essa série vai ser um marco. Glória não só quebrou barreiras, ela abriu portas pra gente. Acho que muitos jovens hoje nem imaginam o quanto era difícil ser ela naquela época. Se esse documentário inspirar uma criança a querer ser jornalista, já valeu todo o investimento.

Larissa Duarte

Larissa Duarte abril 23, 2025 AT 15:51

Tô com os olhos marejados só de pensar no episódio das mães. Ela criou duas filhas e ainda fez história na TV. É demais.

Blenda vasconcelos

Blenda vasconcelos abril 23, 2025 AT 21:09

o tempo passa e ela ainda tá aí, na nossa memória, na nossa cabeça, na nossa alma

Tássia Jaeger

Tássia Jaeger abril 24, 2025 AT 10:35

ai que chato mais um documentario da globo tentando se redimir, nao acredito nisso nao, eles nunca mudam so querem aparecer

Diego Santos

Diego Santos abril 26, 2025 AT 01:38

É importante reconhecer quem construiu o caminho. Glória Maria foi uma das poucas que enfrentou o racismo e o sexismo sem se calar. Essa série é um legado, não só um programa.

Gabriela Moraes

Gabriela Moraes abril 27, 2025 AT 18:38

Ah, claro. A Globo vai fazer um documentário sobre Glória Maria... mas continua tendo só umas 3 mulheres negras na grade de jornalismo. Aí é só pra parecer que a gente se importa. 😏

Danny Clearwater

Danny Clearwater abril 28, 2025 AT 15:31

Se a Globo tivesse investido em Glória Maria como ela merecia na época, hoje ela não estaria sendo homenageada como uma lenda morta. Eles a usaram até o limite, depois esqueceram. Agora que ela tá na memória coletiva, vem com esse showzinho de luzes e lágrimas. Puta merda.

Maria Carla Alegria

Maria Carla Alegria abril 30, 2025 AT 09:14

Eu não consigo nem falar... o episódio das mães vai me matar. Glória Maria foi a primeira pessoa que me fez sentir que eu também podia ser alguém, mesmo sendo negra, mesmo sendo de periferia, mesmo sendo... eu. Ela não era só uma jornalista, era uma força da natureza. E ver Michael Jackson e Madonna falando dela? Meu Deus, isso é poesia viva. Vou assistir com velas acesas e um copo de vinho tinto. 🕯️🍷

Jéssica Balbino

Jéssica Balbino abril 30, 2025 AT 16:59

A homenagem prestada à jornalista Glória Maria pela Rede Globo constitui um marco significativo na memória institucional da mídia brasileira, uma vez que reconhece, formalmente, a contribuição transcultural e histórica de uma mulher negra em um ambiente profundamente estruturalmente desigual. Tal iniciativa, embora tardia, representa um passo essencial na construção de uma narrativa mais inclusiva e verdadeiramente plural.

Édina Arce Brena

Édina Arce Brena maio 1, 2025 AT 00:18

Se a gente não falar sobre isso agora, quem vai lembrar? Glória não foi só uma jornalista. Ela foi a prova viva de que a gente pode. E se esse documentário fizer uma menina de 12 anos em Manaus achar que ela também pode, então valeu cada minuto de gravação. A gente não precisa de aplausos, só de espaço. E ela deu o espaço.

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