Quando alguém com a bagagem de Eliane Cantanhêde, um dos nomes mais respeitados da análise política brasileira, anuncia que vai parar, a notícia não passa despercebida. Aos 73 anos, Eliane pegou até colegas de surpresa ao oficializar o fim do seu ciclo de 15 anos na GloboNews. O comunicado foi divulgado nesta sexta, 1º de agosto de 2025: uma atriz principal sai de cena, e o público se inquieta. Segundo a própria jornalista, o motivo é simples e humano — vontade de desacelerar. Só que, nos bastidores, o burburinho corre solto.
Eliane Cantanhêde ficou conhecida pelo estilo direto nas interpretações dos caminhos da política nacional, aquele olhar clínico que poucos têm. Por muito tempo, era figurinha carimbada no canal a cabo dedicado aos debates mais quentes de Brasília. Sua presença rendeu respeito internacional e, claro, muita audiência. Não à toa, seu anúncio gerou um maremoto de reações: de mensagens carinhosas agradecendo os anos de serviço até insinuações de tensões e desentendimentos no ambiente de trabalho.
É raro um nome desse peso sair do ar sem provocar perguntas. As redes sociais, já se sabe, não deram trégua: será mesmo só vontade de descansar ou rolou pressão de cima pra baixo? Teve gente apostando em conflitos internos, talvez diferença de opiniões nas pautas — um clássico do jornalismo político. A emissora, por sua vez, reforçou que a saída foi realmente opcional, e que Eliane “não integra mais o time de comentaristas da GloboNews”.
Goste ou não das análises dela, é impossível negar o impacto que Eliane Cantanhêde teve no jornalismo opinativo. Ela ajudou a moldar o padrão de cobertura e inspirou uma geração de comentaristas políticos no Brasil. Depois de uma trajetória tão longa, ela própria admitiu o quanto é duro colocar um ponto final em uma rotina intensa, mas cheia de conquistas. Mesmo saindo pela porta da frente, Eliane deixa aquele vácuo: quem vai preencher o espaço e liderar discussões complexas dentro do principal canal de notícias do país?
A saída de figuras como Eliane Cantanhêde sempre agita os ânimos e mostra como o jornalismo passa por mudanças constantes. Se foi realmente só vontade de pisar no freio ou se há algo mais por trás, só o tempo vai esclarecer. O certo é que o noticiário político perdeu uma de suas vozes mais afiadas.
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